In.Str oferece cinema nas noites de quarta-feira no pátio do Teatro Sá da Bandeira

Verão in.Str apostou desde a primeira edição em oferecer cinema gratuitamente ao público escalabitano. Para este ano, há uma novidade pelo facto de que todos os filmes são exibidos no acolhedor pátio interior do Teatro Sá da Bandeira, no centro histórico de Santarém.

Assim, em todas as noites de quarta-feira do mês de agosto, sempre a partir das 21h45, será projetada uma fita diferente, de acordo com a seleção e oferta do Cineclube de Santarém, a quem cabe a programação dessa iniciativa ao longo do decorrer do in.Str, que se estende até ao próximo dia 22 de setembro.

Recordar 25 Canções de Abril num documentário de 1977

Para a noite de 7 de agosto, será projetado o histórico documentário ’25 Canções de Abril’, realizado por Luís Gaspar, em 1977. A longo de 57 minutos, o filme recupera o nome de um espetáculo realizado no mesmo ano de produção do filme, que juntou um elenco de cantores, poetas e compositores num momento de reflexão e evocação sobre o processo revolucionário em que Portugal então se encontrava.

Podem agora ser recordadas músicas e letras de artistas como José Mário Branco, Zeca Afonso, Paulo de Carvalho ou Fernando Tordo e interpretações que incluem Carlos Paredes, Tonicha, Ary dos Santos, Adriano Correia de Oliveira e os Mineiros de Aljustrel.

A cópia agora apresentada, foi digitalizada pela Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Medida integrada no programa Next Generation EU.

Patti Smith, a poeta do punk viaja de Nova Iorque até um ecrã de Santarém

14 de agosto é tempo de viajar até à grande metrópole americana de Nova Iorque, palco por excelência da criação da obra da cantora Patti Smith. Com o título ‘A Poeta do Punk’, este documentário foi concebido a quatro mãos, por Sophie Peyrard e Anne Cutaia, realizadoras francesas, em 2022.

A fita segue o percurso da artista desde que abandonou New Jersey, onde deixou um bebé nascido no anonimato e uma vida que a sufocava. Patti Smith chega a New York, a capital americana da auto-reinvenção, no final da cultura pós-hippie. Com 20 anos, sem dinheiro, cabelo desgrenhado, acompanhada pelas “Iluminações” de Rimbaud e uma câmara Polaroid na mochila, precisa de liberdade.

Certo é que contribuiu bastante para mudar os clichés do rock, a poesia, o elitismo cultural demasiado intelectual e os estereótipos de género. Poderia ter sido apenas uma faísca, mas o fogo arde há 50 anos. Pode dizer-se que Patti Smith criou o seu próprio mito, mas, acima de tudo, fez da sua própria vida um manifesto, uma carta de amor aos marginalizados e aos excluídos da “norma”. Partindo de arquivos raros e de concertos míticos, o documentário de Anne Cutaïa e Sophie Peyrard descreve o percurso de uma poetisa insaciável, autora sensível, fotógrafa e música que se tornou num ícone do rock e numa das maiores artistas dos nossos tempos.

As aventuras de uma família que vive com um teatro de marionetas

Na noite de 21 de agosto, é tempo para ficar a conhecer as aventuras e desventuras de uma família de artistas que gere um teatro de marionetas. ‘Le Grand Charlot’ ou ‘Retrato de Família com Teatro de Marionetas’ apresenta uma história dramática familiar, realizada, em, 2023, por Philippe Garrel, com produção repartida entre Suíça e França.

Segundo a sinopse, os irmãos Louis, Martha e Lena criam espetáculos de marionetas sob a orientação do pai, o habilidoso dono da trupe,e da avó, responsável pela confeção dos bonecos. Juntos, ao longo de muitos anos e por onde quer que fossem, eles foram encantando plateias com as suas histórias.

Mas o seu destino muda drasticamente quando o patriarca morre de ataque cardíaco. Enquanto se esforçam por lidar com a perda e manter viva a tradição familiar, cada um deles faz o que pode para encontrar o seu próprio caminho.

O filme foi distinguido, tendo alcançado o Urso de Prata no Festival de Cinema de Berlim.

Um drama português com carros e viagens

A última sessão de cinema do mês de agosto, na noite de 28, pertence ao filme ‘Via Norte’, realizado por Paulo Carneiro, em 2022.

Trata-se de um drama em que um cineasta viaja dois mil quilómetros em direção a Norte da Europa onde se encontra com alguns dos seus compatriotas. Partilham o amor por carros. Nesses encontros, o veículo é um estímulo para discutir questões de identidade e comunidade, dissolvendo fronteiras entre sociedade e território. No frio da noite escura procuram fugir à dureza do dia.

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