Programação Cultural de novembro do Município de Santarém

Um Piano Afinado pelo Cinema, Cine-Concerto Comentado com Filipe Raposo PROGRAMAÇÃO

Na manhã de terça-feira, 5 de novembro, a partir das 10h30, o Teatro Sá da Bandeira recebe ‘Um Piano Afinado pelo Cinema’ um espetáculo apresentado como um ‘Cine-Concerto Comentado’, com o pianista e cinéfilo Filipe Raposo.

Na tela do teatro vão ser projetados pequenos excertos de curtas-metragens realizadas pelos pioneiros irmãos Lumiére, em 1895, ou de fitas como ‘As Aventuras do Príncipe Achmed’, de 1926, ‘Metropolis’, de 1928, ‘O Marinheiro de Água Doce’, de 1928, ‘O Espantalho’, de 1920’ e a ‘Viagem à Lua’, apresentado publicamente em 1902.0
Filipe Raposo acompanhou ao piano mais de centena e meia de filmes produzidos durante os anos da época do cinema mudo, criando verdadeiras bandas sonoras que se tornaram parte dos próprios filmes. Ao longo do espetáculo que Santarém vai poder ver, Filipe Raposo apresenta excertos de filmes mudos, tidos como títulos indispensáveis da história do cinema, criados por nomes como os incontornáveis irmãos Lumière, Lotte Reiniger, Fritz Lang, Buster Keaton e Georges Méliès, que serão comentados e acompanhados ao piano.

O pianista Filipe Raposo nasceu em Lisboa, em 1979. Compositor e orquestrador, iniciou os estudos de piano no Conservatório Nacional de Lisboa. Tem o mestrado em Piano Jazz Performance, pelo Royal College of Music, em Estocolmo, e foi bolseiro da Royal Music Academy of Stockholm, também na Suécia. É ainda licenciado em Composição pela Escola Superior de Música de Lisboa.

Em nome próprio editou vários discos, tendo recebido logo com o primeiro, ‘First Falls’, em 2011, o prémio revelação atribuído pela Fundação Amália. Tem ainda colaborado0, tanto em concertos, como em gravações de discos, com alguns dos principais nomes da música portuguesa, como Sérgio Godinho, José Mário Branco, Vitorino, Amélia Muge, Camané ou Rita Maria.
Para além da música, Filipe Raposo colabora regularmente como compositor e intérprete em diversas iniciativas que envolvam cinema e teatro. Desde 2004 que é pianista residente na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa, onde acompanha regularmente filmes mudos. Ainda a convite da Cinemateca Portuguesa compôs e gravou a banda sonora para as edições em DVD de vários filmes portugueses do cinema mudo, como ‘O Táxi n.º 9297’ de Reinaldo Ferreira, ‘Frei Bonifácio’ e ‘Barbanegra’ de Georges Pallu. ‘Nazaré’ de Leitão de Barros, ou ‘Lisboa, Crónica Anedótica’ de Leitão de Barros, colaboração que lhe valeu uma Menção Honrosa no Festival Il Cinema Ritrovato, realizado em Bolonha, Itália.

‘Entrelinhas’, uma peça que junta cartas de um preso e teatro grego antigo 

‘Entrelinhas’, uma peça escrita por Tiago Rodrigues, interpretada por Tónan Quito, sobe ao palco do Teatro Sá da Bandeira na noite de sexta-feira, 8 de novembro, a partir das 21h30. O enredo do espetáculo situa-se num labirinto narrativo, onde se mistura o texto de ‘Édipo Rei’, do autor clássico grego Sófocles, com as cartas escritas por um preso para a sua mãe, executadas nas entrelinhas de uma edição da tragédia grega, encontrada na biblioteca da prisão.

Tiago Rodrigues, ator, dramaturgo e encenador cujo teatro subversivo e poético o afirmou como um dos mais relevantes artistas portugueses, já escreveu várias vezes para Tónan Quito. Agora tinha que escrever um novo texto para este ator interpretar sozinho no palco mas, por motivos misteriosos, falhou todos os prazos. Foi então que uma série de acidentes, tão reais quanto literários, deu origem a ‘Entrelinhas’. Trata-se de um retrato da longa e enigmática relação entre o autor e o ator, esta peça é uma passagem secreta que liga a realidade aos subterrâneos da ficção. Ao longo da peça, o ator explica ao público por que motivo não conseguiu construir o espetáculo que estava prometido. Com uma interpretação que lhe valeu a nomeação para o Prémio de Melhor Actor do Ano pela revista Time Out, Tónan Quito desenvolve uma relação intimista com o público. E fá-lo numa área do teatro que pertence mais ao público do que aos artistas, o lugar da espera antes do início dos espetáculos.

Teatro Sá da Bandeira recebe espetáculo inovador que junta fado e dança

Na noite de sábado, 16 de novembro, pelas 21h30,o Teatro Sá da Bandeira recebe o espetáculo de música e dança, ‘Maçã d’Adão’, onde se vai poder assistir a uma viagem sonora que navega por influências ciganas, ibéricas, mouriscas e afro-brasileiras.

‘Maçã d’Adão’ é o novo álbum do compositor, autor, coreógrafo e fadista Jonas. Um projeto que, em tempos de conflito e intolerância, celebra toda a riqueza cultural presente nas sonoridades do Fado. Numa viagem sonora que navega por música e sons que beberam influências nas culturas ciganas, ibéricas, mouriscas e afro-brasileiras, entre muitas outras. O autor explica que “este é um fado que nos chega em toda a sua mundividência, um fado que vai beber às suas origens e resgata a dança extinta do fado batido”.
Partindo do primeiro capítulo bíblico, Génesis, todo ele ligado à criação, a peça ‘Maçã d’Adão’ recupera, também, a dimensão mística do fado, no sagrado e no profano, e abraça uma ideia de destino, de roda da fortuna e de oráculos, como a leitura das mãos, os búzios ou o tarô. De recordar que o título ‘Maçã d’Adão’, é também o segundo disco do cantautor Jonas, um projeto único que reconstrói, reinterpreta e projeta dimensões do fado que se foram perdendo ao longo do tempo.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

©By Educação Online